António Filipe quer transformar Portugal numa Albânia. Eu quero um Portugal europeu
Num debate acirrado transmitido em direto pela RTP, António Filipe, do PCP, e André Ventura, do Chega, confrontaram-se sobre as visões opostas para o futuro de Portugal. Filipe defendeu os direitos dos trabalhadores e a necessidade de respeitar a Constituição, enquanto Ventura atacou a atual legislação laboral e clamou por uma nova constituição.
Ventura, que inicialmente criticou a greve geral, mudou de tom, reconhecendo a legitimidade do descontentamento dos trabalhadores. Este volte-face gerou controvérsia, com Filipe a acusá-lo de falta de coerência e de defender uma agenda que precariza ainda mais as condições laborais.

A tensão aumentou quando Ventura insinuou que o PCP e seus aliados desejam um modelo de governança semelhante ao da Albânia, enquanto Filipe rebateu, afirmando que a proposta de Ventura é uma ameaça à democracia e um retrocesso aos direitos sociais. A discussão acentuou-se com acusações mútuas sobre a responsabilidade na deterioração das condições de vida em Portugal.

O debate culminou em um intenso embate sobre segurança e criminalidade, com Ventura defendendo um endurecimento das políticas de segurança, enquanto Filipe alertou para os riscos de um estado policial. Ambas as visões refletem a polarização crescente na política portuguesa.

Com as eleições presidenciais se aproximando, as palavras de Ventura sobre querer um “Portugal europeu” contrastam com as de Filipe, que advoga uma defesa firme da Constituição. O resultado deste confronto poderá moldar o futuro político do país.
Os eleitores estão agora diante de uma escolha crucial: um caminho em direção a um Portugal mais alinhado com os valores europeus ou uma regressão a modelos considerados obsoletos e perigosos. O debate continua a ressoar nas redes sociais e nas ruas, enquanto a tensão política se intensifica.
